Portugal, o país mais ocidental da Europa, é quem mais pesca na zona do Atlântico Noroeste. Ainda assim, nessa zona, a Espanha quase que acompanha os números portugueses. Os países ibéricos representam cerca de 80% do pescado capturado no Atlântico Noroeste.

Cerca de 70% das capturas da União Europeia acontecem a nordeste do oceano Atlântico. É a principal área piscatória, dominada pelos gigantes nórdicos: Noruega, Islândia e Dinamarca. A Espanha, além de ser o segundo país com o maior número de capturas no Atlântico Noroeste, consegue manter-se competitiva por entre os tubarões europeus na pesca do Nordeste do Atlântico.

É nesta zona que se encontra grande parte da Zona Económica Exclusiva (ZEE) de Portugal, a terceira maior da União Europeia, com cerca de 1.727.408 km2. Dessa área, mais 953 mil km2 dizem respeito à ZEE dos Açores.

E por falar em Espanha: é no Atlântico Centro-leste que os espanhóis aparecem a liderar o número de capturas. Nesta zona, a Lituânia aparece à frente da França e dos Países Baixos.

No Mediterrâneo e no mar Negro, são os países do Sul que lideram o número de capturas, com a Itália à cabeça, seguida da Grécia e da Espanha. É a zona de excelência da pesca italiana.

Pelos dados do Eurostat, não existem muitos países interessados em pescar na zona do Atlântico Sudoeste. Esta é uma zona praticamente exclusiva da Espanha. Além dos espanhóis, apenas Portugal e o Reino Unido têm capturas registadas naquela zona, mas numa dimensão praticamente residual.

Segundo os dados, as capturas no Atlântico Sudeste são praticamente residuais – pelo menos as registadas – quando comparadas com outras zonas de pesca. Mas, ainda assim, mais uma vez é Espanha que controla – quase em exclusivo – as capturas nessa área.

Em 2019, a União Europeia foi responsável pela captura de quatro milhões de toneladas de peixe. 70% das capturas aconteceram na zona Nordeste do oceano Atlântico, onde são pescadas, sobretudo, pequenas espécies como o arenque (Clupea harengus). No total, a Espanha representa 20,6% do peixe capturado na União, seguida da Dinamarca (15,3%) e da França (12,9%). Portugal continua a ser o país da União Europeia que mais consome produtos derivados da pesca ou da aquicultura.